Mário Fernandez

Juiz

“Um só é Legislador e Juiz, aquele que pode salvar e fazer perecer; tu, porém, quem és, que julgas o próximo?” (Tiago 4:12 ARA)

Até mesmo por conta de uma polêmica anterior, estou meditando sobre julgamento, juizado e conceitos de justiça. A gente tem o feio costume de emitir julgamentos, conceitos, tomando decisões como se fôssemos nós mesmos os juízes de tudo e de todos. Se o assunto é política, futebol, igreja – todo mundo tem opinião (e isso é bom) mas muitos querem ter a razão e para isso julgam a opinião e postura dos demais.

Curioso notar que gostar ou não gostar de alguma coisa, é um direito que me assiste e expressar minha opinião faz parte do convívio social. Mas quando minha opinião é, basicamente, sobre os pontos negativos da opinião dos demais, estou julgando. É como no mundo dos negócios. Eu posso optar por falar bem do meu produto ou por falar mal do concorrente. Em ambos os casos eu terei clientes que decidirão comprar de mim e clientes que decidirão comprar de meus concorrentes. Mas será muito mais adequado falar bem do meu do que mal do concorrente, o que seria um julgamento.

Exatamente assim ocorre com as relações humanas, especialmente em momentos de discórdia ou conflitos. Parece campeonato onde cada ponto negativo do outro conta positivo para mim. Isso não é bom, nada bom. Se eu não quiser me colocar como juiz de meus irmãos, preciso focar no meu ponto positivo e não no negativo do outro.

Este verso nos ensina que não há dois juízes, portanto num certo sentido ao tentar julgar nosso irmão, tomamos o lugar de Deus e isso é ruim, muito ruim… Eu não diria que chega a caracterizar idolatria, mas rebeldia com certeza e a diferença não é muito grande em termos de desagrado ao coração do Pai.

Se cada um de nós focasse mais em si mesmo e menos nos demais, em termos de conceito e opinião, sem deixar de atentar para o convívio e as necessidades a serem supridas, provavelmente entenderíamos melhor o que Jesus disse com “amai-vos”.

“Pai, me ajuda a conseguir encontrar o equilibrio das idéias e conceitos, sem julgar meus irmãos e sem tomar o lugar de juiz, pois não sou Justo como Tu. Ajuda-me, por favor.”

Mário Fernandez

8 thoughts on “Juiz

  1. Avatar disse:

    Sou Juíza Federal, perante a lei dos homens e de Deus. Todavia é demasiadamente triste quando as lides são entre irmãos. Cada um com versões diferentes. Seria tão simples se pelo menos nós aplicassemos a palavra de DEUS não levando nossos irmãos a Juízo, mas sofressemos prejuízos se fosse necessário. Penso nos Juízes, colegas que não conhecem a Deus, e o testemunho que damos. Ser Juíz é uma ardua missão.

  2. Avatar Jacy Improta disse:

    Sempre recebo mensagens,porém,nunca me interessei em abri-la. Hoje abri, e,percebi que Deus estava falando comigo,e fiquei maravilhada. Pai, eu preciso encontrar o equilibrio das idéias e conceitos, pois não quero ser juiz dos meus irmãos,pois so o Senhor tem esse poder.

  3. Avatar Gisele disse:

    Senhor ajude-me a “tirar as travas dos meu olhos”, antes de julgar meu irmão.Senhor

  4. Avatar Eliene Reis disse:

    Concordo com você Pr Mario no sentido de que devemos estar atentos contra o mal costume de julgar os outros e faço minhas as palavras de sua oração, pedindo ao Pai, graça e sabedoria para encontrar o equilibrio das idéias e conceitos, sem julgar os irmãos e sem tomar o lugar de juiz.
    Grande abraço.

  5. Avatar Deusdete araújo disse:

    agradeço a Deus, pela vida de vocês por me mandarem tantas mensagens maravilhosas.Quero dizer que vocês são ótimos…. obrigado por tudo e que todos tenham uma ótima semana.fiquem todos com Deus…

  6. Avatar adilson disse:

    Amado Irmão e Pastor Mário Fernandez. Graça e Paz! Devido a uma cirurgia estive de licença por alguns dias e não tive a oportunidade de ler os seus devocionais anteriores. Quanto a esse o que penso é o seguinte: A Palavra de Deus nos fala sobre o ato de julgar o próximo, mas posteriormente deixa visível e claro que quanto a questões doutrinárias e casos onde a unidade da comunidade é perturbada, esse julgamento mesmo quando pessoal se faz necessário. O que a palavra de Deus deixa claro e condena é o chamado juízo temerário, julgamento sem conhecimento de causa e fora dos padrões bíblicos (isso é uma temeridade). Senão vejamos: O apóstolo Paulo julgou e segundo palavras dele mesmo entregou a satanás dois homens que perturbavam a ordem das coisas entre os membros de determinada igreja. Fora esse caso houve outros em que o julgamento segundo os padrões bíblicos foram necessários. Não faz muito tempo uma grande denominação julgou e resolveu expulsar dos seus quadros uma de suas missionárias envolvidas em caso de lesbianismo; caso esse mundialmente conhecido. Pergunto, a igreja estava errada? De forma nenhuma, o tempo passou e ficou provado que a igreja estava certa.
    Conheci, uma pessoa que cantava no grupo de louvor da igreja e que estava em flagrante adultério, quando a diretoria da igreja chamou-a para conversar ela não negou o fato, mas queria continuar cantando no louvor. Foi afastada do louvor, e posteriormente deixou a igreja. O lado emocional de muitas pessoas pode achar absurdo, mas adultério na palavra de Deus é pecado que fecha as portas do céu. Diante disso, o que posso dizer: Juízo temerário é pecado tão grave como qualquer outro. Afinal não há pecado, pecadinho e pecadão. Pecado é pecado. Agora ser conivente com aqueles que se infiltram na igreja para dissiminar suas heresias, ou com os que estão em pecados que podem comprometer o nome e a unidade da comunidade, isso não. Parafraseando parte do que disse o Senhor, eu diria que a coisa deveria ser assim: Aconselha, perdoa e diz: Vá e não peque mais, mas se optar por continuar no pecado que compromete o nome e a unidade da comunidade (igreja), a coisa deveria ser assim: Vá e não volte mais a menos que se arrependa.

  7. Avatar disse:

    Bom dia
    Mário, muito boa esta reflexão. Acho um dos pontos mais difíceis do ser humano o de não julgar, pois somos ensinados desde pequenos a essa situação. Só Deus mesmo para nos abrir os olhos e tentarmos andar em sua luz de amor e justiça. É bem verdade que existem situações muito complicadas quanto a isso e fica difícil não emitir julgamentos, mas acredito estar aprendendo aquilo que você comentou, sobre o amor que Jesus ordenou que existisse no meio daqueles que querem tentar ser “parecidos” com ELE. Nada supera o amor e ele é o combustível perfeito para chegarmos onde Deus quer que chegamos. Abraços.

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