“Imediatamente sua boca se abriu, sua língua se soltou e ele começou a falar, louvando a Deus” (Lucas 1:64)
Uma das coisas que precisamos aprender com urgência é ouvir a voz de Deus quando estamos orando. É preciso quebrar o monopólio, ou monólogo, da oração. Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus (Salmo 46:10) faz parte do relacionamento.
Este versículo me chamou a atenção em dois aspectos específicos: um que Zacarias teve de ficar em silêncio até o tempo devido para que se cumprisse aquilo que estava prometido. O outro aspecto é que no devido tempo, nada precisou ser feito, ele simplesmente se soltou e falou.
Sobre o tempo devido a cada coisa acontecer em nossa vida nós temos muito, muito, o que aprender. Somos apressados, afobados, agoniados, queremos encurtar o tempo de Deus. Eu pelo menos não conheço ninguém que não seja, e se conheço não me lembro. Quando a coisa está boa, quando o mover é agradável, quando o maná tem gosto de novidade, ninguém tem a devida gratidão. Quando o deserto chega, fica clamando para abreviar o tempo. Zacarias deve ter orado por isso, mas teve de esperar.
Sobre o final do tempo, um sinal foi o suficiente. Seu filho nasceu e era necessário indicar seu nome. O tempo estando cumprido, nada mais precisa ser feito. Não precisa dar uma mão para Deus, pois Ele se vira muito bem sozinho. Entendamos que isso afeta diretamente a forma como oramos. Se formos maduros, buscaremos entender os tempos e navegar nas águas do Espírito, ao invés de ficar dando ordem às ondas. Nestas águas meu irmão, ninguém manda, por mais espiritual ou consagrado que seja.
Quando aprendemos estas duas verdades, nossa oração amadurece, nosso pedido dá lugar à gratidão, nossa afobação diminui e dá lugar a um entendimento do tempo de Deus. A leitura dos sinais complementa tudo e saímos exaltando e agradecendo muito antes da benção chegar. O nome disso é fé, lugar e estado no qual o invisível é visto, cheirado, apalpado.
“Senhor, muito obrigado por me mostrar, pela vida de Zacarias, que tudo tem um tempo devido e basta entender os sinais para ser abençoado por Ti. Agradeço pela minha vida e experiências.”
Mário Fernandez
Pastor Mário:
Ouvir a voz de Deus na oração. É o grande desafio. Requer sensibilidade, quietude, concentração. Algo custoso porquanto há muitas coisas que influenciam a perder Deus de vista. Grato pela rica e profunda reflexão.
Bom dia, Pastor Mario! Obrigada pela mensagem. É sempre bom lembrar que o tempo de Deus é bem diferente do nosso e esperar no Senhor é a forma mais segura de se viver.
Deus continue fornecendo ao seu coração os subsídios necesários ao nosso viver diário. Grande abraço.
Louvo a Deus, agradeço e rezo ao Senhor suplicando-Lhe bênçoas, para que vós podeis continuar e divulgar a Palavra Salvadora que tanto bem nos faz.
Pastor, hoje pela manhã recebi um e-mail com esta reflexão de um irmão que como eu atendeu a um pedido de oração de outro irmão.
Que presente maravilhoso!
Ainda ontem, ou melhor, na primeira hora de hoje entre outras coisas supliquei por ouvidos atentos para ouvir a voz de Deus, mas ao ler sua reflexão compreendi que meus pedidos não estão isentos de afobação. Entretanto, agora escrevendo, sinto que recebê-la hoje já foi uma resposta a minha oração.
Louvado seja Deus! Quero amadurecer, quero navegar suavemente nas águas do Espírito.
Muito obrigada por essa meditação. Precisamos ficar atentos a voz de Deus sempre. Diminui consideravelmente o stresse diário, a preocupação em demasia. Não sabemos o que vai acontecer daqui a cinco minutos e ficamos aflitos. Deus te abençoe ricamente, Pastor.