“Por último, meus irmãos, encham a mente de vocês com tudo o que é bom e merece elogios, isto é, tudo o que é verdadeiro, digno, correto, puro, agradável e decente. Ponham em prática o que vocês receberam e aprenderam de mim, tanto com as minhas palavras como com as minhas ações. E o Deus que nos dá a paz estará com vocês (Filipenses 4:8-9)
Há poucos dias vi nas mídias sociais a foto de uma mãe com a sua filha de menos de um ano. A mãe estava agachada no jardim da casa, e sua pequena filha na mesma posição que ela. O pai achou tão engraçado que tirou uma foto e postou.
Este fato ilustra a questão de que nossos filhos aprendem muito mais de nós pelo que fazemos do que pelo que dizemos. Logo, nós como filhos, aprendemos alguns comportamentos de nossos pais e provavelmente os estamos reproduzindo em nossas vidas e famílias. Os hábitos e comportamentos da nossa família de origem influenciam também os nossos. Podemos adquirir tanto bons como maus comportamentos e hábitos.
E o que muitas mulheres detestam pode vir a ocorrer, passar a se comportar como suas mães. Para evitar isto é preciso identificar os maus comportamentos adquiridos e transformá-los em bons padrões de comportamento.
Certa pesquisadora identificou cinco maus comportamentos usuais das mães:
- Centralizadora – procura controlar a vida da sua filha;
- Desaparecida – torna-se ausente física e emocionalmente;
- Crítica – muito crítica, e não fica chateada de chamar sua filha de muito alta, baixa, gorda ou magra;
- Fantoche Impotente – não consegue fazer nada por si mesma, depende dos outros para tudo, e
- A rainha do drama – a vida é o maior drama que ela vive.
Mas se as mães podem se comportar assim, os pais também possuem uma lista de maus comportamentos que os filhos podem adquirir:
- Narcisista – acha que tudo é sobre ele;
- Desaparecido – torna-se ausente física e emocionalmente;
- Crítico – somente critica ou nunca encoraja;
- Café com Leite – passivo e nunca toma o controle, e
- Senhor pulmão – grita para convencer a família.
Estes padrões podem afetar o casamento a tal ponto que se o garoto vê seu pai desrespeitando sua mãe, ele poderá tanto agir assim com sua esposa como poderá tornar-se passivo como sua mãe. Assim também com a esposa.
Talvez seus pais tenham sido um bom modelo de casamento, mas o seu cônjuge não teve isto. Você espera que seu cônjuge comporte-se como seus pais, mas ele(a) não sabe fazer assim, pois nunca viu este comportamento antes e não sabe como agir, gerando frustração.
E as regras da família? Pode-se falar durante as refeições ou não? Onde se aperta o tubo da pasta de dente, no meio ou na ponta? Como citei em outro texto, na minha casa a salada era temperada com azeite e na casa da Telma com vinagre, e tivemos que combinar até isto.
Portanto, um casamento saudável é baseado em respeito e adaptação às mudanças e diferenças. Nossos pais não são perfeitos, assim como nós, que poderemos errar em alguma situação.
Para entender como eles se comportavam e se isto está lhe influenciando, observe se seus pais demonstravam amor e respeito um pelo outro, em público e em particular. Se os filhos foram tratados como ídolos colocando o casamento em segundo plano, ou se houve um balanceamento. Eles usavam palavras suaves um para com o outro ou eram sarcásticos ou abusivos. Suas palavras traziam cura ou ferida, e se eles demonstravam um coração grato a Deus por terem um ao outro e pelos dons concedidos a eles.
Verifique a saúde do seu casamento e tome a decisão de rever os maus comportamentos adquiridos. Vá a um seminário, conferência ou encontro de casais ao menos anualmente para fazer um inventário dos comportamentos a melhorar, dos maus hábitos a mudar e encontrar o caminho do aperfeiçoamento.
Nos versículos acima o Apóstolo Paulo nos ensina a encher nossas mentes com tudo o que é bom e colocar em prática o que ele falou com palavras e com ações. Então, identifique bons modelos de comportamento, coloque-os em prática em seu casamento e viva cada dia melhor.
PARA EXERCITAR COM SEU CÔNJUGE
- Quais maus comportamentos e hábitos identifico em mim?
- Como posso modificar estes comportamentos e melhorar meu relacionamento conjugal?
“Pai celestial, te agradeço pelos meus pais e por tudo que me ensinaram. Eu os perdoo por todo mau comportamento e hábito que me influenciou negativamente e peço que o Senhor possa me ensinar a agir de uma maneira agradável, respeitosa e amorosa para com meu cônjuge. Amém!”
Luis Antonio Luize
Quando meus filhos estavam passando da fase de junior para adolescente, eu senti que o mundo estava tentando influenciá-los e o que me valeu foi este versículo: “Por último, meus irmãos, encham a mente de vocês com tudo o que é bom e merece elogios, isto é, tudo o que é verdadeiro, digno, correto, puro, agradável e decente. Ponham em prática o que vocês receberam e aprenderam de mim, tanto com as minhas palavras como com as minhas ações. E o Deus que nos dá a paz estará com vocês (Filipenses 4:8-9). Eu escrevi em forma de banner, cartazes e coloquei nas portas dos quartos deles e na peça em frente a mesa de refeições e ainda os fiz decorar. Foi reconfortante para mim e pude ver os resultados positivos no comportamento deles. Glória a Deus!
Pastor Luis:
O texto aos filipenses toca no âmago da questão: a forma de agir reflete a maneira de pensar, espelha o conteúdo da mente. A conduta no casamento, portanto, demonstra também o que vai no coração dos cônjuges. Para o apóstolo Paulo, pouco importa a origem do comportamento. Vale mesmo é encharcar a mente do que é bom. Ao fazê-lo, a pessoa repensa sua prática e tende a conviver harmoniosamente com seu cônjuge.
Muito bom. Gostei imenso de ler o artigo que está acima…