“Quando pedem, não recebem, pois pedem por motivos errados, para gastar em seus prazeres.” (Tiago 4:3 )
É comum dentro de um relacionamento que haja pedidos, de ambas as partes. Especialmente num relacionamento afetivo (namoro, noivado, casamento), mas também num relacionamento familiar (pai, filho, irmãos, tios, avós). No caso das bodas do Cordeiro, temos de entender que o noivo é plenamente perfeito e completo em si mesmo, não precisando portanto de nada – ainda que por opção Ele tenha decidido usar pessoas como nós, que são sua noiva, por exemplo para anunciar o evangelho, para abençoar pessoas de fora, etc.
Mas a posição da noiva é outra história. O mínimo de conhecimento a respeito do noivo, sendo Ele quem é, o que pode fazer e o que tem. Difícil até descrever alguém assim que pode todas as coisas, é dono legítimo de todas as coisas, sabe todas as coisas e mais – foi o motivo de tudo ter sido criado. Mas esse é O Noivo, Jesus de Nazaré, o Cristo, o Emanuel (Deus conosco), o verbo encarnado, a manifestação do Verbo Vivo de Deus. E a noiva? Bem, é outro nível, sou eu e é você, somos os remidos por Seu sacrifício portanto dependemos Dele para tudo e o tempo todo.
Quando precisamos de algo, temos como que “autorização” bíblica para procurá-lo e pedir, mesmo que isso para alguns possa soar como abuso ou indevida exploração do amor Dele por nós. Para outros, infelizmente, fazem parecer como obrigação Dele para conosco, o que não é nem sombra da verdade. O equilíbrio se encontra ao entender que Ele é Tudo e não somos nada. Na soma, na média, fica equilibrado. Mas e quanto aos pedidos?
Este é o ponto: temos de ter clareza de objetivo, senso de missão, alvo a atingir. Sem isso ficaremos pedindo sem parar, reclamando e maldizendo o que tivermos e, no pior caso, até mesmo desdenhando o que já recebemos. Por isso, pedir mal é uma prática tão comum. A maioria das pessoas que conheço pedem o que querem, o que acham que precisam e simplesmente se esquecem de que são totalmente dependentes Dele. O correto, biblicamente falando, seria primeiro conhecer a Sua vontade, depois disso entender o propósito específico para minha vida, depois pedir o que precisar. Baseado em missão, convicção, propósito – não desespero, necessidade ou materialismo.
Agradar o noivo é básico e é simples, desde que O conhecendo com intimidade suficiente para saber o que Lhe agrada e o que não, o que deseja e o que não – mas principalmente submete o crivo de seus desejos e pedidos à Palavra de Deus, que revela sua natureza, propósito e desejos. Somos como crianças pequenas. Eu tenho um sobrinho com pouco mais de 2 anos, fico impressionado. Agimos igualzinho. Pedimos o que nem queremos, tomamos conta do que não tem valor e de repente largamos tudo (importante ou não) por causa de uma ‘musiquinha’.
É tempo de amadurecermos, crescermos, conhecermos o noivo – e agirmos da forma mais correta e alinhada que a Palavra de Deus nos permita. Não tem nada de errado em contarmos com Ele, fazermos pedidos, expormos as nossas necessidades e anseios. Mas não baseado no nosso desejo, e sim no Dele.
“Senhor, me ensina a fazer certo, agir certo, pedir certo. Quero entender o que Tu desejas para minha vida e buscar o que me é necessário para cumprir Teus propósitos, planos, desejos, alvos para minha vida. Me ajuda.“