Quero lhe desejar um Feliz Natal!
Eu sei que nos últimos anos apareceram na igreja muitos movimentos que tentam redefinir nossas crenças e valores e, alguns às vezes bem intencionados, com a ideia de que deveríamos ser diferentes do mundo, propõe, de maneira equivocada, uma não participação nas “festas pagãs e mundanas”.
O natal tem sido a data que mais tem sido atacada dessa maneira. De um lado o mundo tomando posse dela e de outro a igreja abrindo mão dela pelos motivos errados.
Não costumamos falar sobre datas em geral na nossa lista, nem simplesmente repassar textos de outros, pois acredito que temos o nosso ministério que é independente de época do ano e que cada um tem o público que interessa para o seu trabalho. Mas ao ler a reflexão do Pr. J.B. Carvalho, de Brasília, sobre o natal este ano, entendi que ela pode ser edificante para a nossa comunidade. Por isso, tomei a liberdade de repassar a você.
Espero que ela ajude a despertar em nós uma atitude de tomar posse de toda e qualquer oportunidade para apontar para nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
P.S.: Leia o texto abaixo primeiro, depois abra o Google e pesquise a palavra Natal na aba imagens e conte quantas vezes aparece alguma imagem que lembre Jesus.
Feliz Natal ou Boas Festas? – J.B. Carvalho
O mundo ocidental tem sido influenciado por muito tempo por aquilo que chamamos de pós-modernismo ou multiculturalismo. Esse “espírito do tempo” tenta sobrepujar dois mil anos de história e relegar os valores tradicionais judaico-cristãos a ignomínia. Qualquer um hoje que ouse se posicionar pelos princípios fundamentais da Bíblia é visto como obtuso, primitivista, intolerante, um ser trevoso e obscuro. O bombardeio tem como argumento principal a ideia de que vivemos em uma sociedade multicultural e multi-religiosa, e que portanto não deveríamos comemorar festas ou celebrações religiosas em um ambiente onde existam outras diferentes crenças.
Em resposta a isso digo que a fé cristã civilizou nosso mundo e que somente em nações de maioria cristã temos a liberdade de adorar o Deus que quisermos. Você pode ser ateu em uma sociedade com maioria cristã, mas não pode ser cristão em um país com maioria de ateus. Você pode ser budista no Brasil com 87% de cristãos católicos e evangélicos, mas em alguns países com maioria budista a conversão é proibida por lei, e em outros novos cristãos sofrem forte pressão para negar sua fé. Você pode ser muçulmano nos países do ocidente com valores cristãos, mas não pode ser cristão no regime da sharia de Estados Muçulmanos. Caso viva em países menos radicais com maioria muçulmana, não poderá expressar sua fé publicamente, nem tentar testemunhar de Jesus para outras pessoas.
O único ambiente onde a liberdade religiosa é, não somente, permitida como esperada é em países com maioria cristã; Liberdade de expressão, direitos das mulheres, valorização da vida e dignidade humana, são fruto de uma consciência que percebe o homem como imagem e semelhança de Deus e portanto, digno de apreço e consideração. Regimes ateus marxistas mataram e torturaram milhares de pessoas no século XX. Sociedades animistas desprezam a imagem de Deus vista no vizinho pela divisão de castas, miséria social profunda, poligamia, desvalorização do individuo e a questão do carma que ao invés de lidar com a injustiça, justifica a injustiça. Tomas Cahill afirmou que a primeira expressão de igualitarismo na historia da literatura vem do livro de Gálatas no Novo Testamento.
“Dessarte, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.” (Gálatas 3.28)
Se pudéssemos remover os valores cristãos da sociedade, tudo a nossa volta iria ruir nos levando de volta ao barbarismo. O verdadeiro cristianismo construiu nações ricas, científicas e poderosas. A obsessão em tirar crucifixos de órgãos públicos, substituir a páscoa cristã por uma versão comercial com ovos e coelhos, ou trocar Jesus pelo bom velhinho é uma péssima ideia.
Particularmente, eu nunca tinha me importado em celebrar o nascimento de Jesus. Por acreditar que Jesus não nascera em dezembro, e porque via no modo em que as pessoas comemoravam seu nascimento influências pagãs primitivas, nunca me senti obrigado de dizer Feliz Natal para ninguém. O sincretismo tinha feito um trabalho muito bem feito em burlar o verdadeiro sentido do Natal, eliminando a centralidade do aniversariante e inserindo novos elementos de divindades pagãs antigas em sua comemoração. Simplesmente o consumismo, lojas, presentes, guirlandas, árvores, ceias, deixou Jesus esquecido no dia que se celebra o seu nascimento. Mas, há exatamente quatro anos, passei o Natal na Flórida (EUA) e fiquei muito impactado em ver o Natal se tornar uma celebração secular. Ao ouvir as pessoas dizerem Happy Holliday em vez de Merry Christmas, pude constatar alguma coisa muito séria. É como se houvesse uma agenda para riscar de debaixo do céu qualquer lembrança da fé cristã na recente história. Naquele ano, visitamos o park temático Magic Kingdon e presenciamos um espetáculo de Natal muito bem elaborado, com cores, luzes, pirotecnias e personagens da Disney World. Eles proclamavam um “espírito da nova estação” e no final daquela impressionante apresentação quem roubou a cena foi Papai Noel. Voltei ao Brasil com a consciência de que se quisermos desmascarar o falso, teríamos que mostrar o verdadeiro para as pessoas. Aproveitar o momento onde o mundo inteiro celebra o nascimento do Filho de Deus com o verdadeiro espírito da mensagem do Salvador é não somente uma oportunidade, mas uma obrigação cristã.
Portanto, desejo a você um FELIZ NATAL!
“O anjo, porém, lhes disse: Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos servirá de sinal: encontrareis uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura. E, subitamente, apareceu com o anjo uma multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem.” (Lucas 2.10-14)
Foto: Por Jeff Weese – Flickr: Nativity, CC BY 2.0, Ligação