“… Sendo José de dezessete anos, apascentava as ovelhas com seus irmãos; …; e José trazia uma má fama deles a seu pai.” (Gênesis 37:2)
Hoje nossa sociedade tem prestado um verdadeiro culto à felicidade e para isso procura isolar as tristezas ao invés de resolvê-las.
O fato de José levar as questões dos irmãos ao seu pai demonstrava seu amor por eles, ao contrário do que possa parecer.
Mas quando temos um senso distorcido do certo e do errado, não compreendemos o que se passa. Foi assim com Deus Pai que enviou Jesus para nos dar vida abundante chamando-nos ao arrependimento. O convite de amor foi não foi entendido, culminando com a morte do Salvador e a completa redenção aos que creem.
O arrependimento é o primeiro passo para podermos iniciar uma vida de paz verdadeira.
Entretanto, nossa cultura atual prefere não interferir na vida dos outros. Devemos nos relacionar bem e sermos bonzinhos, não quero dizer educados e gentis, mas não questionar os atos de injustiça do nosso próximo.
E numa sociedade em que há um culto à felicidade e que nas redes sociais só se mostra o que é bom, gerando ciúmes e inveja nos mais próximos. Por isso enviamos longe todo sofrimento e tristeza e queremos viver na mesma falsa paz e alegria.
Olha, não é problema ter momentos de tristeza na vida. São esses momentos que irão preparar e dar significado aos momentos de alegria seguintes. Digo isso pelo seguinte, o momento de tristeza é quando algo nos ocorre ou que praticamos e não gostamos.
Isto deve ser fruto de decisões, atos ou pensamentos errados que nos levaram a agir diferente do que era o melhor para nós. Pode ser um momento de doença também. Isto tudo gera tristeza.
Nas situações assim, alguns rejeitam a tristeza e enviam para longe o problema, se possível.
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É por isso que os asilos de idosos estão cheios.
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É por isso que o corrupto pede a prisão do juiz que o julga.
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É por isso que os doentes ficam restritos aos hospitais e não se fala do assunto.
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É por isso que cônjuges deixam seu(ua) companheiro(a).
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É por isso que os filhos de Jacó venderam José.
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É por isso que você foge dessas situações ao invés de enfrentá-las e dar novo significado à sua vida e à vida dos que estão perto de você.
Não podemos deixar de examinar o outro lado desta situação, ou seja, olhar pelo ponto de vista de José e dos demais excluídos nestas situações.
A estas pessoas são imputados os erros do outro, de forma que aqueles possam se sentir mais felizes por não sentirem culpa após jogá-la no outro.
Conheço pessoas que foram enviadas para fora de casa num relacionamento conjugal e carregam a culpa do erro quando na verdade foi a outra parte que errou e jogou a culpa sobre este. São enviados a hospitais e asilos para ficarem internados e longe daqueles que perderam o amor. São massacrados por expor a verdade e pedir justiça.
Muitos injustiçados passam a se sentir culpados e infelizes.
Recuse-se a carregar a culpa dos outros, pare de pagar pelo pecado alheio e por ser sal e luz neste mundo!
Reconheça o pecado que o outro cometeu e confesse o seu erro. Peça perdão a Deus e perdoe-se também. Restaure seu relacionamento com Deus e realinhe sua vida aos princípios da Palavra de Deus.
Paz não é sinônimo de passividade. Deus ordena que amemos nossos inimigos e não que sejamos cúmplices deles.
O lema da “paz a qualquer preço” é diabólico e não divino.
PARA EXERCITAR
- Em que situações tenho procurado a paz a qualquer preço?
- O que me foi imputado como erro indevidamente e preciso perdoar?
“Pai celestial, quero pedir perdão por todos os meus atos de injustiça e por ter imputado meus erros a outros em busca da minha felicidade e por falta de arrependimento. Também quero perdoar a quem assim agiu comigo e perdoar a mim mesmo por ter carregado os pecados alheios. Restaura meu relacionamento contigo e mostra-me o caminho da paz verdadeira que somente Cristo pode nos conceder. Amém!“
Luís A. Luize