Luis Antonio Luize

A Fé Começa Em Casa – Deixando-se Conhecer

“… e faze-me um guisado saboroso, como eu gosto, e traze-mo, para que eu coma, e para que minha alma te abençoe…” (Gênesis 27:4)

Todo ser humano nasce sem saber se comunicar. Quando a criança está desenvolvendo a comunicação ela cria formas próprias de representar cada objeto e situação. Se você chega em uma casa que tem uma criança nesta fase, provavelmente ela se comunicará de uma forma que apenas os pais e os irmãos entenderão.

Nosso filho mais novo foi um caso típico. Ele tinha uma expressão para cada situação, por exemplo:

— Ké gum! Dizia ele.

A gente ria e dava algo para ele até entender o que era. Descobrimos que ele estava pedindo para tomar suco, e gum é o som que o suco fazia na garganta dele ao tomar bem rápido. De qualquer maneira isto não explicava tudo, pois até hoje ninguém sabe, nem ele, o que significa uma expressão que ele usava, que depois foi substituída pela expressão correta em português e no final ficamos todos sem saber o significado.

É somente através da linguagem que conseguimos sair de nós mesmos e interagirmos com as demais pessoas de maneira satisfatória. Sem comunicação não há entendimento.

Apesar disto é impressionante o número de casais que vivem anos sob o mesmo teto e não se deixam conhecer e nem querem se conhecer. Isto chama a atenção, pois as pessoas querem ser compreendidas mas não se expõem, às vezes, nem ao próprio cônjuge.

As pessoas precisam oferecer aos outros as informações que precisam ser conhecidas, pois ninguém é adivinho. Enquanto isso, o outro precisa querer entender esta mensagem, decodificá-la para, então, agir de maneira adequada com o outro.

Assim passaremos a conhecer nosso cônjuge. Nós, Telma e eu, sabemos exatamente o que e como não devemos falar um com o outro para que não nos machuquemos. Isto é uma arma, pois sabemos como ferir e até destruir um ao outro, mas como casal decidimos depor as nossas armas.

Mas não começou assim. Logo que casamos, naturalmente, cada um queria agradar o outro e fazer tudo de bom. Começamos fazendo aquilo que mais gostamos para o nosso cônjuge. Note, não é o que ele(a) gosta, mas o que nós gostamos. Simplesmente pelo motivo que não sabemos o que o outro gosta.

Nas refeições a Telma fazia uma linda salada, temperava com vinagre e servia. Eu comia pouca salada, pois na casa dos meus pais, sempre temperavam com óleo de oliva, e não estava acostumado com o sabor do vinagre. Como não queria chateá-la, não dizia que não gostava.

Foi assim uns meses, pasme, meses! Certo dia à mesa ela me pergunta:

— Você não gosta de salada?

— Detesto salada com vinagre, só como com azeite! Disse num tom não muito amistoso.

Ela ficou chateada, claro, não pelo que falei, mas pela forma como falei, mas disse:

— Eu só como salada com vinagre e fiz assim para te agradar com aquilo que gosto. Achei que você gostava, você nunca disse nada.

Quer situação mais banal do que esta para mostrar que faltava comunicação nas coisas mais simples. Pedi desculpas a ela pela maneira que agi e entendemos que devíamos falar das nossas preferências um ao outro, e com jeito, para podermos nos conhecer.

Certo dia pedi a ela que fizesse salada com vinagre, pois era só um hábito, e hoje tanto faz como está a salada, desde que estejamos juntos saboreando a companhia um do outro.

Nosso conhecimento um do outro vai aumentando, a ponto de ter algumas coisas que gostamos que já nem lembramos quem ensinou para quem, como por exemplo comer pão com carne picada e vinagrete. Como eu não gostava de salada com vinagre, não deve ter sido eu que trouxe este prato. Mas tanto faz, hoje a gente se diverte com estas situações.

É preciso criar o hábito saudável do diálogo sincero e objetivo. Isto não é natural e automático, necessita de esforço e aprendizado.

PARA EXERCITAR COM SEU CÔNJUGE

  • Tenho, com jeito, falado das minhas preferências ao meu cônjuge?
  • Levo em consideração as preferências do meu cônjuge e ajo adequadamente?

“Pai celestial, que a cada dia eu aprenda a me comunicar melhor e construir um relacionamento sincero e transparente com meu cônjuge, considerando suas necessidades e preferências, e que assim também seja comigo. Amém!”

Luis Antonio Luize

Vinicios Torres

O Começo de Tudo 2

Alguns meses após iniciar o site comecei a estruturar um serviço para envio de mensagens periódicas. O que me inspirava era a parábola do mestre e do discípulo (que eu publiquei a última vez aqui). Aquilo que repetidamente ocupa nossos pensamentos acaba por moldar nossas atitudes e comportamentos, por isso a importância de meditar diariamente na Palavra de Deus.

Como ainda não tinha experiência suficiente para escrever a quantidade que precisava para viabilizar o serviço, um dia orei e pedi a Deus que, de alguma maneira, providenciasse o material necessário. Fiz essa oração numa quinta ou sexta-feira. Já no domingo a resposta veio. Um pastor de Londrina enviou um email para mim oferecendo 120 mensagens que ele havia escrito para os boletins da igreja dele. Assim, as mensagens do Rev. Antonio Carlos Barro viabilizaram o início do nosso serviço de devocionais que cresceu dos cinquenta primeiros assinantes para quase 2000.

Quando as mensagens do Rev. Antonio Carlos estavam acabando ele avisou que devido as suas ocupações como diretor da Faculdade Teológica Sul Americana não permitiriam que ele prosseguisse escrevendo. Então comecei a pedir a Deus que enviasse outra pessoa, pois o serviço havia sido bem aceito e a lista de assinantes estava crescendo toda semana. Já perto de acabar o estoque e ainda sem um autor substituto pedi a um amigo de seminário e de profissão, Mário Fernandez, que escrevesse “uma meia dúzia de mensagens” para cobrir o tempo que precisava para achar outro autor. Quando acabaram aquelas mensagens, sem outras para mandar, pedi novamente que ele escreve mais “uma meia dúzia”.

Pois é, de meia dúzia em meia dúzia, ele já está com mais 900 mensagens enviadas. O que era para ser apenas uma ajuda temporária despertou um talento.

Essa experiência me permite tirar três conclusões:

1. Quando entender que Deus está abrindo uma oportunidade, não ache empecilhos mas comece a viabilizar crendo que Deus trará os recursos necessários para que o trabalho aconteça.

A obra é de Deus e Ele é o maior interessado em que ela aconteça. Na hora certa, no lugar certo e da maneira certa, Ele fará com que aquilo que é necessário para a obra acontecer chegue onde for necessário. Ore por cada necessidade e continue trabalhando com confiança.

2. Reconheça quando você não for a pessoa certa ou não tiver capacidade para o trabalho necessário e peça que Deus mande cooperadores.

Muitos ministérios acabam atravancados pois aqueles que Deus chamou para fazê-los não compreendem que muitas vezes Deus quer que outras pessoas participem dele. Paulo usa a figura dos membros do corpo para mostrar que cada um tem um papel a desempenhar na obra. Assim, peça a Deus para mandar as pessoas certas para suprir as necessidades ou deficiências. Infelizmente, muitos travam nesta hora pois não querem dividir as “glórias” ou o reconhecimento pelo trabalho com outras pessoas.

3. Entenda que todo projeto tem momentos de transição e aproveite para aprender deles.

Pessoas saem, pessoas entram. Necessidades são supridas e outras aparecerem. Ministérios se fazem necessários agora e no futuro podem se tornar irrelevantes. Deus conduzirá você e seu trabalho da maneira que Ele achar melhor. Fique atento para a direção que Ele quer que você siga. Muitas vezes nestas transições você descobrirá dons e talentos em você mesmo ou em outros que não sabia e que Deus usou esta situação para revelar.

Vinicios Torres

Mário Fernandez

Generosidade

“Quem é generoso progride na vida; quem ajuda será ajudado.” (Provérbios 11:25 NTLH)

Ouvi há pouco tempo de um dos pastores mais bem-sucedidos deste tempo que o mundo não precisa mais de exemplos de prosperidade, mas ainda carece muito de exemplos generosidade. Concordo totalmente com ele.

Pois no momento em que dar é melhor que receber, não precisamos querer ganhar tanto. Se estamos neste mundo como peregrinos, não precisamos acumular tanto. Se encaramos tudo como perda por causa de Cristo, podemos ter menos e dar mais.

A maioria dos membros de igrejas cristãs, não vou entrar no mérito se convertidos ou não, não entendeu esse recado. E se eu fosse para o meu chefe para pedir aumento dizendo “chefe, meu missionário na África precisa de mais recursos, por favor aumente 15% meu salário”. E se eu, quando tiver lucro nos meus negócios, comemorasse dizendo “aleluia, mais 35 refeições para nossa creche”. E se, em vez de trocar de carro agora, eu esperasse mais um ano e abençoasse alguém?

Não estou pregando voto de pobreza nem espírito de miséria, mas equilíbrio. Generosidade não é passar fome para atender aos demais, mas tem muito a ver com não deixar os outros passando fome se posso atender. O texto diz que o generoso progride, em algumas traduções usa palavras como “prosperará” e em outras “engordará”. O sentido é o de repartir o que tem com quem não tem.

Generosidade deve ser amar mais às outras pessoas do que às coisas que possuo, inclusive dinheiro. Não preciso ter limite para meus ganhos, mas preciso ter limite para quanto preciso para viver – generosidade acima da ganância. Preciso ter limite sobre o preço cobrado para ganhar mais – santidade acima da ganância.

Afinal, se é dando que se recebe, ter bom coração (generoso) quase é algo egoísta. Só não conte com Deus para fazer barganha, Ele não é disso.

“Pai, eu quero ser mais generoso do que sou, suprindo os necessitados com o que puder. Ensina-me a ser como Jesus, que nem duas túnicas tinha.”

Mário Fernandez

Vinicios Torres

Casamento de parceiros do mesmo sexo e Liberdade Religiosa – Porque eles não podem coexistir

Por Chuck Colson

Chuck Colson - Prison Fellowship Ministry

Como muitos estados – a exemplo de Iowa – aprovaram o “casamento”de parceiros do mesmo sexo, os conservadores estão anunciando que a liberdade religiosa está em perigo. O apoiadores do do “casamento” de pessoas do mesmo sexo acusam-nos de alimentar uma histeria anti-gay. Quem está dizendo a verdade?

Deixe-me compartilhar algumas histórias com você de um excelente programa produzido pela National Public Radio. Aí você mesmo pode decidir.

Duas mulheres decidiram fazer a cerimônia de união civil em pavilhão em New Jersey pertencente a Ocean Grove Camp Meeting Association. Esse grupo metodista disse às mulheres que elas não poderiam “casar” em nenhuma propriedade usada para propósitos religiosos. O reverendo Scott Hoffman disse que um princípio teológico – que o casamento só pode existir entre um homem e uma mulher – era o fundamento para isso.

A mulher entrou com um processo por discriminação na Divisão de Direitos Civis de New Jersey. Os Metodistas disseram que a Primeira Emenda protegia seu direito de praticar a sua fé sem serem punidos pelo governo. Mas punição foi exatamente o que New Jersey fez. Revogou a isenção de impostos da igreja – uma ação que lhes custou US$ 20,000.

Existe também o caso dos médicos cristãos que se recusaram a fazer a fertilização in vitro para uma mulher que tinha um relacionamento homossexual. Os médicos transferiram o seu caso para colegas que se dispuseram a realizar o tratamento. Mas isso não foi o suficiente. A mulher processou os médicos. A Suprema Corte da Califórnia concordou com a mulher, dizendo que as crenças religiosas dos médicos não lhes dava o direito de recusarem o controvertido tratamento.

Em Massachusetts, Catholic Charities disse que eles teriam de aceitar casais homossexuais em seu serviço de adoção ou teriam de sair do negócio. Eles escolheram sair do negócio.

No Mississippi, um conselheiro de saúde mental foi processado por recusar-se a prover terapia para uma mulher que procurava melhorar seu relacionamento lésbico. Os empregadores demitiram-na.

Em New York, a Faculdade de Medicine Albert Einstein da Yeshiva University recusou-se a permitir que casais do mesmo sexo vivessem como casados nos alojamentos da faculdade, de acordo com os princípios da escola de origem judaica ortodoxa. Mas em 2001, a Suprema Corte de New York forçou-os a fazerem isso de qualquer maneira – apesar do estado de New York não ter leis acerca do “casamento” de mesmo sexo.

Em Albuquerque, um casal do mesmo sexo pediu a um fotógrafo de casamentos cristão que filmasse a sua cerimônia – e processou-o quando ele declinou o pedido. Um serviço de adoção online foi forçado a encerrar seus serviços depois de um casal do mesmo sexo processá-lo por ter sido recusado em função das convicções religiosas.

Convencido? Claramente “casamento homossexual” e liberdade religiosa não podem coexistir – porque os ativistas gays não permitirão. Como a especialista em casamento Maggie Gallagher afirma, os defensores do “casamento” do mesmo sexo alardeiam que a fé religiosa é “ela mesma uma forma de intolerância”.

Eu sei que isso pode parecer alarmista, mas é verdade. Se não trabalharmos para impedir essa força destruidora, nós podemos logo nos vermos sendo caçados no trabalho, na escola e até mesmo na igreja – como muitos já têm sido – por aqueles que se determinaram a nos forçar a aceitar como moralmente bom aquilo que Deus chama de mal.

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