“e apresentá-la a si mesmo como igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou coisa semelhante, mas santa e inculpável.” (Efésios 5:27 )
Todo casamento começa com um casal que pretende viver junto, tem planos de futuro, tem objetivos para alcançar, tem ideias preparadas. Na cultura ocidental que estamos acostumados, todo casal se conhece antes de casar, via de regra se relacionam mais superficialmente por um tempo antes de casar – ou seja, não se casam dois estranhos no momento em que se conhecem. Como eu disse – via de regra.
As bodas do Cordeiro são descritas na Bíblia como a reunião final de Cristo (o noivo) com a sua igreja (noiva) por quem sacrificou Sua vida, venceu a morte, conquistou o Trono Eterno que lhe era devido. Mas, a não ser que seja muito, muito diferente do que conhecemos, todo noivo espera algo de sua noiva e eu creio que o Senhor (noivo) não deve ser muito diferente.
Em um casamento terreno o noivo espera de sua noiva que esta seja bonita (aos seus critérios de beleza), fiel, carinhosa, atenciosa, zelosa, caprichosa, asseada, boa mãe. Em algumas conjunturas deve ser boa dona de casa, sabendo cozinhar, costurar, limpar, organizar – em outras ela terá sua carreira profissional e deverá ser competente, prosperar, crescer. Esporadicamente, ouço de casais que não desejam voluntariamente ter filhos, então esterilidade não é uma opção comum, ao menos não intencionalmente. A parte sexual do relacionamento é também considerada muito importante para ambos. Mas, e nas bodas do Cordeiro?
O versículo escolhido nos mostra pelas palavras do Apóstolo Paulo que a expectativa é de uma noiva (igreja) gloriosa – sinônimo para brilhante, radiante, reluzente, esplendorosa. Sem mancha – sem pecado, sem defeito, sem cicatrizes, sem remendos. Sem ruga – sem defeitos naturais, sem desgaste, sem sinais de cansaço. Santa – sem pecado, sem maldade, sem falhas de caráter, separada desse mundo. Inculpável – não creio que precise explicar.
O problema é que embora tudo isso sejam conceitos muito simples e fáceis de entender, não é assim que vejo a noiva de nossos dias. De uma maneira geral, com exceções em algum aspecto para lá ou para cá, me parece que a noiva de hoje é mundana, pouco dedicada, não está se perfumando para as bodas, acumula rugas e defeitos e pouco ou nada está se preparando. Ou seja, está vivendo a vida de solteira como se o casamento não fosse chegar nunca, ou se fosse possível consertar tudo em cima da hora. Isso é, no mínimo, preocupante, pois o noivo deixou claro como quer e Ele é a autoridade nesta situação. Ou seja, não é a noiva que chegará na hora e dirá “se quiser é assim”.
Permita-me ser bem claro: ou essa noiva de hoje se organiza na vida, muda de atitude, toma rumo de quem está comprometida – ou vai ser barrada do lado de fora. E não se iluda: a festa continua, independentemente de quem esteja do lado de fora, pois, certamente, haverá casamento SIM.
Às vezes me pergunto se as pessoas de nossas congregações locais entendem o conceito de ficar de fora, o conceito de noiva plural (cada um de nós somados), o conceito de eternidade. Está me parecendo que não. Se for este o caso, estamos mais do que atrasados nesta jornada.
Que venha o noivo.
“Senhor, eu quero ser noiva imaculada e inculpável. Ensina-me a andar por caminhos e decisões que não comprometam a imagem de noiva que está determinada pelo noivo como aceitável. Não ficarei de fora.“